“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Vem aí o Ano Novo

É preciso repetir as boas acções e corrigir as falhas, curar as mágoas. É tempo de recomeçar. Tanta coisa aconteceu. No mundo da pressa, parece que nunca temos tempo para realizar todos os projectos e aspirações. Mais um ano se passou. Foi tão rápido. Olhamos para trás e vemos sucessos e decepções, tristezas e alegrias, sonhos e realidades... O peso do ano que se finda ainda está sobre os nossos ombros, na nossa vida, nos nossos corações. É tempo de parar, reflectir, agradecer. Deixar que grite a voz interior e manter acesa a chama que arde dentro de nós. Com fé, queremos renovar a esperança no seu plano e recomeçar o ano novo, com ânimo e alegria, com largo sorriso na face e a luz da esperança brilhando nos olhos.
(Autor Desconhecido)

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