“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Paradela em Festa- Srª das Neves

Mais um ano passou. A tradição do Ramo continua bem viva em Paradela. Desta vez o ramo saiu do Largo de Nossa Senhora das Neves com destino à Bandeira, onde o aguardavam o Luís e a Delfina.

O Blog Fidalgos de Paradela,  em nome de todos os Fidalgos deixa um agradecimento especial ao Alcino e à Isabel pela forma como zelaram pela igreja nestes últimos dois anos.


2 comentários:

Anónimo disse...

Fraco

Anónimo disse...

fraco porque?