“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sábado, 24 de março de 2012

"À direita e cerca de três quilómetros"

Para quem não conhece a nossa zona ou a localidade de Paradela de Monforte não será muito difícil tomar a direcção certa para lá chegar, apenas basta dar uma olhadela ao mapa geográfico.
Há já algum tempo que o poste situado na "ponta da estrada" se encontra sem placa sinalizadora.

2 comentários:

Anónimo disse...

muito tempo pois . mas penso que tambem nao tem uma placa que endique un STOP vindo da nassa terra paradela. e se esta deve de estar em muito mao estado. EMIDIO

Paulo Ferreira disse...

Quem deixa a aldeia também nota a ausência de outro sinal ao chegar a este sitío, de um "STOP ou cedência de passagem aos veículos que transitem na via de que se aproxima".
Penso que já existiu lá o tal triângulo, este último que eu referi.