“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Eleições Europeias na nossa Freguesia


Apresento agora os resultados oficiais das Eleições Europeias 2009 em Paradela.

A grande vencedora afinal nem foi o PSD, nem o PS, nem o BE, nem tão pouco o PC ou CDS! A grande vencedora foi a abstenção (70,94%), com um nível verdadeiramente vergonhoso num País que se diz democraticamente maduro! Clarificar os cidadãos a verdadeira importância das instituições europeias surge agora como uma preocupação de quem nos governa, mas não se iludam... rápido se esquecerão desta questão, pois outras questões bem mais importantes para eles estão já aí... Não sei se repararam mas a corrida a São Bento já começou, o PSD ressurgiu das cinzas e o Socratismo tremeu, a esquerda do PS cresceu e muito, Comunistas e Bloquistas conseguiram 21% dos votos, se se manter a posição assumida por estas forças politicas de não coligação com o PS em caso de vitória deste com maioria relativa, podemos ver o País a voltar-se à direita com uma nova coligação PSD/PP... São meras hipoteses, mas a verdade é que apesar de tudo estas eleições derrubaram o mito da invencibilidade do PS e de Sócrates, e pela Democracia, ainda bem!

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