“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

S.Martinho


Conta a lenda que, num dia frio de inverno, Martinho, um soldado romano viajava no seu cavalo por França. A certa altura começa uma grande tempestade e na beira do caminho vê um pedinte pedindo esmola. Martinho pega na sua capa, corta-a ao meio com a sua espada e oferece uma parte ao pobre. Nesse preciso momento surgiu um sol radioso . É o verão de S. Martinho! Desde então comemora-se no dia 11 de Novembro o dia deste santo.



Por tradição as pessoas juntam-se come-se castanhas assadas e bebe-se água-pé ou jeropiga. A esta celebração chama-se "MAGUSTO".

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