“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sábado, 12 de dezembro de 2009

Dia solarento

À conversa numa tarde soalheira de sábado .

Esta tarde mais parecia um dia de verão na nossa aldeia . Este sol é muito propicio a gripes e constipações, mas pelo bem que sabe...
Já ouvi comentar a várias pessoas de certa idade que: o sol nos faz mais mal nos meses que tenham a letra "R" . As pessoas mais velhas lá terão sempre a sua razão ...

Chegando a St. António de Monforte avista-se o vale de Chaves coberto pelo manto branco de nevoeiro, onde os Flavienses e outras aldeias circundantes não viram o sol todo dia .


Em Chaves esteve muito frio, onde as temperaturas máximas rondaram os cinco graus celsius .

1 comentário:

Márcio Santos disse...

Está neste momento a entrar uma corrente de ar polar continental proveniente da Sibéria (Russia), será responsável pelos dias gélidos que se avizinham.

A cota de neve estará amanhã e 3ª Feira a 0m ou seja ao nível do mar, lástima que não haja precipitação, pois nevaria até nas cidades costeiras. --'