“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

segunda-feira, 29 de março de 2010

Como é bom recordar...

E ver fotos nunca antes vistas !
Esta foto é daquelas que, quando clicava-mos no botão da máquina, saía logo a fotografia no momento . Lembram-se das velhinhas polaroid ? Muito boas para a época !

O(a) autor(a) da foto quis gravar um dos momentos em que passava a procissão dos bonitos andores da festa da Srª da Penha . Desconhecendo a data da foto, apenas reconheço alguns dos fidalgos que vem mais à frente na procissão . Quem deverá ter um valor mais aproximado do Ano da festa, será talvez, alguns dos figurastes, fazendo uma estimativa à sua idade nessa altura .

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