“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 21 de junho de 2011

A fraga é "lácima".


No monte do Santuário de N. Srª da Penha nada é deixado ao acaso, cada recanto é cuidadosamente pensado de forma a que tenha mais utilidade. Na sequência da colocação de grades no escadario, a fraga situada de frente à capela foi também coroada, servindo de apoio aos menos ousados.

1 comentário:

Anónimo disse...

A junta deve ter atenção à questão da iluminação pública não só no santuário como no resto da aldeia.
Sincero bem haja a todos os que colaboram na transformação deste canto da aldeia, agora ex-libris da Paradela.