“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Festa da Padroeira - Srª das Neves

Mais uma vez se cumpriu a tradição do Ramo. Desta vez o Ramo saiu do Largo da Bandeira em direcção ao Largo de Nossa Senhora das Neves. Aí chegados, para além de não haver candidatos à sua espera, alguns Fidalgos deram maior importância ao leilão de angariação de fundos para a festa da Srª da Penha, tendo o Ramo recolhido à igreja, local onde os Fidalgos; Arménio Gomes e Eulália Vila Nova o foram resgatar. Para eles o nosso muito obrigado por não deixarem cair a tradição.

Em nome de todos os Fidalgos deixamos um agradecimento ao Luis e à Delfina pela forma como zelaram pela igreja neste último ano.

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