“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 13 de março de 2012

Sobreiro - Árvore nacional

Desde o passado dia 22 de Dezembro/2011, o sobreiro é considerado como árvore nacional de Portugal, resultado de um projecto aprovado na Assembleia da Républica.
Foi a partir de 2001 que esta espécie ficou protegida pela legislação portuguesa.
"A partir de agora, abater um sobreiro não será apenas abater uma árvore protegida, mas sim, um símbolo nacional" - afirmou o deputado do PS, Miguel Freitas, relator do projecto.
Foto captada a 8 de Dezembro/2011 ao torneiro, em Paradela.

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