“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Senhora das Neves 2013

Mais uma vez se cumpriu a tradição da Festa em Honra de Nossa Senhora das Neves. Depois da missa cantada houve a procissão em volta do adro da igreja. Às 4 da tarde saiu o tradicional Ramo. Este ano, embora já tivesse o destino certo, ainda houve quem tentasse uma surpresa de ultima hora... mas, lá seguiu o seu destino em direcção ao Bairro do Souto, onde o o Júlio Ferreira e a esposa Elisabete, mais as filhas Ana e Dores nos receberam a todos de braços abertos, demonstrando uma grande hospitalidade. O Blog Fidalgos de Paradela, em nome de todos os Fidalgos deixa um agradecimento especial à Ana e ao António que, embora moradores na vizinha aldeia de Curral de Vacas, tiveram um excelente desempenho como mordomos, bem como ao Bino que foi o Sacristão de serviço.

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