“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas
Francisco José Viegas
segunda-feira, 15 de janeiro de 2007
O Tanque
No centro da Aldeia, paredes meias com o mini mercado Martins, e com o antigo café da Bandeira, podemos encontrar o velho tanque. Para além de ser um dos monumentos históricos de Paradela,o largo onde se encontra, continua a ser o local de referência das brincadeiras de carnaval... A data da sua construção encontra-se rasurada. Inicialmente foi marcada como sendo 1939, mas, depois passou para 1940. Teria alguma coisa a ver com a inauguração? Será qque o politico responsável por cortar a fita não teve disponobilidade de agenda antes? Nessa altura não havia eleições... Nele podemos ler as iniciais de C.M.C. (Câmara Municipal de Chaves) O.P.M.R. (Obra Publica Ministério Republica) Será?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário