“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Corriça

Embora um pouco escondida, mas, sei que há muita gente que sabe da existência dela, por isso lanço um desafio aos Fidalgos.
Quem conseguir descobrir onde fica esta corriça, terá direito a uma duzia de pasteis de Chaves. Não posso permitir que o meu pai entre no concurso... foi ele que me lá levou.
Este tipo de casola, servia para recolher as ovelhas durante a noite uma vez que era totalmente tapada, só tendo uma pequena entrada. Agora pelo que se vê nas fotos, apenas serve para abrigar da chuva.









1 comentário:

Anónimo disse...

Não faço nem ideia!

Márcio