“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A "Escorgadeira"

Quem é que nos seus tempos de criança não rompeu uns belos pares de calças a ecorregar por esta fraga abaixo? Eu ainda lá rasguei alguns e outros ficavam todos verdes de me sentar em cima de uma giesta para poder escorregar.
Aparentemente o local continua a ser usado pelos miudos. A marca continua bem vincada.
Embora este local não tenha feito parte das escolhas para as maravilhas de Paradela, deve obrigatóriamente ser considerado uma delas, nem que seja pelo seu historial.


Vista de Baixo














Vista de cima...

















a Aldeia vista desde a "Escorgadeira"

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