“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Moinho do Torneiro

Aquilo que outrora foi uma das maiores "industrias" da aldeia já não funciona e está quase em ruinas. Embora sem clientes, o casal de Moleiros, Sr. António e D. Angélica, mostraram-se muito simpaticos e até curiosos com as fotos que tirei do local. Ao que parece, ultimamente este local tem sido alvo de autenticas romarias para fazerem reportagens. Infelizmente não deu para tirar fotos do interior do Moinho.





2 comentários:

Anónimo disse...

Autora flaviense faz blogue de poesia...

www.c-a-l.blogspot.com/

Anónimo disse...

São uns resistentes esses senhores! Creio que nem electricidade têm!
Já não vou lá ha muito tempo...