“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Novos rebentos...

Este fim-de-semana estive em Paradela, foi o reencontro com a família e amigos... Alguns tinham novidades, como a Alcina Fiães que encontrei junto ao café da aldeia!

Apresento o mais novo Fidalgo de Paradela, o Leonardo!



Hoje em dia um nascimento em aldeias como a nossa devia ser celebrado, pois são cada vez mais, um acontecimento raro, dou portanto os meu parabéns à Alcina e ao Gilberto pelo seu filhote!

A vida deve ser celebrada e espero que no próximo ano quando a Fidalga Dona Margarida completar os seus 100 anos, a freguesia não deixe passar a data em claro, e que as organizações como a Junta e a Associação que não sei se ainda existe, e que lamentávelmente nada faz para dinamizar a aldeia (tenho dito), se unam para uma grande celebração.

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