“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vindimas

Este ano não houve imagens das vindimas da nossa «terrinha», sei que muitos dos fidalgos gostariam de as poder ver...Pois tal não aconteceu, devido ao facto de eu também ter estado ausente nessa mesma altura. Concerteza que haverá mais oportunidades para nos mantermos informados, em especial os nossos saudosos emigrantes, e de certa forma "matarem" saudades... Saudações Fidalgas .

1 comentário:

Helena Teixeira disse...

Oh :( Pena,também gostaria de ter visto fotos.
Fica para o ano.
Entretanto,a blogagem de outubro da aldeia começa amanhã.Espreitem.

Cumprimentos
Lena