“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 8 de junho de 2010

Olhar atento ?

Nestas coisas de "fotógrafo amador", há certos cenários que sobressaem e que dantes me passavam despercebidos . Um belo quadro natural !
Dou um rebuçado de recheio a quem souber dizer concretamente o sítio de onde foi tirada esta fotografia .

3 comentários:

andreia disse...

eu acho que é «aquela banda»

Joaquim Carvalho disse...

Parabéns Paulo. É de facto uma bela foto. Dava para por numa moldura...

Eu aposto na zona entre os Coelhos e o Santinho.

Anónimo disse...

Resposta: a foto foi tirada ao corguinho, junto ao caminho (bem perto de um souto que lá existe)
A fotografia parece ter sido tirada bem mais de perto mas não foi ! Vocês andavam na direção certa, portanto, a dificuldade seria a distância .Apróximei o zoom ante de carregar no obturador.
Cumprimentos para vocês !