“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

segunda-feira, 5 de julho de 2010

3º Encontro Nacional de Fidalgos

Como planeado, realizou-se nas fantásticas instalações do Clube Tap, na Encarnação, em Lisboa, o 3º Encontro Nacional de Fidalgos.

O evento decorreu de forma muito animada, estando presentes 33 Adultos e 8 crianças.

As sardinhas eram muito boas e a carne também não lhes ficou atrás (teria sido do assador?). 

Pena que o São Pedro não quis ser "Fidalgo" neste dia e presenteou-nos com uma temperatura a rondar os 40º, o que reforçou o consumo de líquidos.

Durante a tarde houve algumas actividades típicas da aldeia. 



Os Fidalgos puderam matar saudades da "Tchoucha" e do pião. Outros optaram pela tradicional suecada.

Pena que estivesse tanto calor. Teria sido divertido assistir a uma corrida de sacos... 


1 comentário:

Catarina Almeida Pio disse...

Sim, senhor! Já vi o que perdi por causa do trabalho que se avoluma nesta fase! Ainda bem que se divertiram à grande! É merecido, ou não fossem Fidalgos de Paradela,de uma terra de que me orgulho pela sua gente extraodinariamente afectiva, pela cultura e pelas paisagens! Pena já ter nascido em terra de mouros. Sorte ser daí parte da minha ascendência! Um abraço grande, Catarina Pires de Almeida (filha do Adelino Almeida.