“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os trabalhos continuam...

Com as obras em curso no recinto e no Santuário de Nossa Srª da Penha, mordomos e voluntários vão dando o seu contributo para que estas fiquem concluídas no mês de Agosto . Os trabalhos, na sua maioria, são efectuados pelas mãos hábeis de alguns fidalgos, cujas profissões dos mesmos beneficiam e aperfeiçoam as tarefas a realizar, poupando-se assim algumas centenas de euros .

O telhado da capela apresentava algumas telhas detioradas, tendo o mesmo sido substituído por um novo .

Quanto ao chão, também este foi substituído . O mosaico, agora posto, é mais branco que o anterior. Já não são visíveis as manchas amareladas causadas pela humidade . O interior e exterior da capela serão também pintados .

No recinto foram cortados dois ou três pinheiros e extraídas as suas raízes com um tractor . Não devemos temer pelo abate das mesmas, há novas árvores que já tinham sido ali plantadas em locais estratégicos e que as substituirão, agora o seu crescimento será mais rápido . A entrada, manobras e posicionamento de veículos pesados tornar-se-á mais fácil .

O chão do coreto foi encimentado, tornando-se mais fresco e tapando os buracos feitos por alguns roedores .

De uma cor verde é o novo residente do topo do monte frente á capela . De dia vai estando alerta a intrusos que por ali andem, esperando que a noite lhe traga uma refeição . São inumeráveis as traças atraídas pela luz da cruz, caindo que nem umas tontas no chão !

Fixadas na cruz são no total 18 lâmpadas, 9 em cada 1 dos lados, destes 2, 1 virado para a nossa aldeia e o outro na direcção da cidade de Chaves . Uma das lâmpadas que se encontra no topo é azul . Como fica mais vistosa a cor azul, as restantes lâmpadas irão ser trocadas por outras iguais a esta, oferecidas por um fidalgo . As lâmpadas, além de estarem protegidas pelos suportes(fixados por mim), irão levar outra protecção em acrílico tapando as mesmas, permitindo que a luz emitida não se dissipe . Como decoração, nos quatro cantos laterais, serão fixados quatro bonitos frisos de um tom dourado, melhorando assim a sua estética . Estes pormenores não foram executados quando a cruz se encontrava em posição horizontal, porque viriam a sofrer danos aquando da sua elevação .
Estas melhorias vem tornar este espaço mais atraente e apelativo para quem o visita . Devemos preservá-lo cuidando dele, pois é de todos nós .

3 comentários:

Anónimo disse...

É muito bom ver o empenho das pessoas envolventes nesta iniciativa..... deveria servir de exemplo para mais pessoas... pois acabam por serem quase sempre as mesmas....

Anónimo disse...

É muito bom ver o empenho das pessoas envolventes nesta iniciativa..... deveria servir de exemplo para mais pessoas... pois acabam por serem quase sempre as mesmas....

Óscar Santos disse...

Caros Fidalgos:
Venho por este meio felicitar, e, dar os parabéns a todas as pessoas que de uma forma ou de outra contribuíram e contribuem para que o santuário de Nª Sª da Penha, e, todo seu espaço envolvente tenha vindo a tomar a forma que hoje apresenta!
É com muito orgulho e agrado para mim como fidalgo, filho da terra, que por razões profissionais me impedem neste momento de ser participativo, de prestar a minha ajuda no bem comum da nossa aldeia, com muita pena minha, mas que, quando a visito me alegro e orgulho imenso das coisas novas que por lá se vão fazendo, mesmo em tempos de crise e sem citar nomes, parabéns a todos pelos trabalhos que nestes últimos anos se tem feito, que puseram a nossa aldeia mais bonita, deixando todos os nossos vizinhos cheios de inveja.