“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma frase para completar



Por vezes, e de alguma forma, é complicado querer-se postar algo aqui no blog e não nos surgir nada na ideia. Surgiu-me então esta pequena frase para resolver. As palavras que faltam nos espaços em branco, queria que fossem substituídas por números . .... Muito fácil...


"Quando ... homem entra num café e ... para beber, depois ... fugir ... pagar pode ser preso !"

2 comentários:

Anónimo disse...

"Quando 1 homem entra num café e 60 para beber, depois 70 fugir 100 pagar pode ser preso !

Anónimo disse...

Ora nem mais! E 1 obrigado pela participação .
No "tasco" em Paradela, penso que não será preciso fugir 100 pagar, o Joaquim deve fiar ...