“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

domingo, 19 de setembro de 2010

A senhora das Neves na procissão em Chaves


Decorreu mais uma procissão em honra da Senhora das Graças em Chaves na paróquia de Santa Maria Maior. A missa foi celebrada no jardim público e, seguidamente, precedeu-se à procissão em direcção à igreja Matriz. Estiveram representadas várias freguesias com o seu padroeiro ou a sua padroeira. Paradela esteve representada com um belo andor da nossa Senhora das Neves sendo um dos 47 a participar nesta bela procissão. Estiveram presentes milhares de pessoas vindas de todas as freguesias do concelho de Chaves e até de concelhos vizinhos. Lamenta-se a fraca participação dos fidalgos de Paradela a acompanhar o andor.















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