Mais uma excelente reportagem aqui editada pelo Paulo, salvo o erro decorria o ano 1997, ano em que os meus avós festejaram as bodas de ouro (50 anos de casados), o dia do jogo não sei precisar, mas penso ter sido 10 de Agosto! Momentos nostálgicos, recordados com saudades certamente, por todos os fidalgos! Um bem aja a quem gravou este breve momento.
“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas
Francisco José Viegas
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Fidalgos de Paradela: Fidalgos e o futebol
Fidalgos de Paradela: Fidalgos e o futebol: O campo de futebol da aldeia, também ele conhecido por estádio da moura, já conheceu dias melhores. As manhãs dominicais eram como que obrig...
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