“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fidalgos de Paradela: Fidalgos e o futebol

Fidalgos de Paradela: Fidalgos e o futebol: O campo de futebol da aldeia, também ele conhecido por estádio da moura, já conheceu dias melhores. As manhãs dominicais eram como que obrig...

Mais uma excelente reportagem aqui editada pelo Paulo, salvo o erro decorria o ano 1997, ano em que os meus avós festejaram as bodas de ouro (50 anos de casados), o dia do jogo não sei precisar, mas penso ter sido 10 de Agosto! Momentos nostálgicos, recordados com saudades certamente, por todos os fidalgos! Um bem aja a quem gravou este breve momento.

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