“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

" Velhos Utensílios "

De férias, numa bela tarde de sol com que este outono nos presenteia, lá por casa, encontrei abandonadas estas memórias, velhos utensílios, que de velhos só tem a aparência que o tempo se encarrega de pintar! Ferramentas ainda hoje utilizadas na nossa agricultura, apesar de bem menos que antigamente, pois estas já repousam há muito tempo, as quais todos os fidalgos conhecem certamente!

2 comentários:

Joaquim Carvalho disse...

Bem vindo Óscar. Parabéns pelo post. Que seja o primeiro de muitos.

Isabel disse...

Ola Oscar é um prazer encontrar te na net,as tuas fotos fizeram me rire imensso,sao coisas que me sao familiares e que me fizerao voltar 20 anos a tras!!!!!quanto aos teus utensilios nun pequeno acidente de percursso uma parte de un deles dezenhado numa perna.......UM BEIJINHO