“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Desafio

Já são poucas as portas deste tipo, em madeira, que se podem encontrar em algumas ruas da aldeia. São as típicas portas com o "garabelho" de casas mais antigas que normalmente davam acesso à corte dos animais(lojes). Algumas permanecem fechadas, também porque pertencem a casas devolutas.
Sabem onde se encontra esta?

4 comentários:

Anónimo disse...

eu penso que seja ao pé da casa do Antar,do lado esquerdo na rua que vai para a igreja.eu nao sei quem seja o dono mas espero que a explicacao ajude!

Isabel pires...

Anónimo disse...

sem duvida estas coisas para alguem ke nao esta ai a viver sao mais difiçeis mas eu penso que se encontra no largo que divide a rua do campo com a rua da igreja , para mim a rua do SR. jaime moleiro como dis a isabel emidio fontes

Paulo Ferreira disse...

De facto,as respostas nos dois comentários estão ambas certas, isso prova que são realmente conhecedores da nossa terrinha. As portas são da casa onde morou o "Ti Luis Bruto", no bairro do poço. Estar ausente da aldeia(como no vosso caso), diria que não é necessáriamente uma desvantagem, isto, se a memória não nos falhar.
São estas imagens que guardamos ainda tenra idade.
Parabéns e cumprimentos !

Joaquim Carvalho disse...

Paulo,

Não quis intervir antes, mas quando era miudo, e, porque viviamos no largo do poço, muitas vezes brincamos às escondidas dentro dessas portas. Só uma pequena correcção. Essas portas, embora estivessem coligadas à casa do Ti Luis Bruto, fazem parte de um armazém,que pertencia à Tia Piedade e ao Ti João Marinheiro. Lembro-me que guaradavam lá a carroça e dentro dessas portas, do lado direito havia um poço.
De qualquer forma, quero enaltecer o facto de haver Fidalgos que ainda reconhecem a sua querida terra. Abraços