“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

domingo, 16 de setembro de 2012

Nª Srª das Neves na Srª das Graças em Chaves

 
 
Na cidade de Chaves cumpriu-se mais uma vez as festividades em honra de Nossa Senhora das Graças. A padroeira da paróquia, Nª Srª das Neves, desceu a montanha para se juntar aos outros Santos, onde Se fez acompanhar por alguns fidalgos, quer na missa campal, quer na bonita e majestosa procissão!... E que lindo ia o nosso andor... !
A missa campal teve início no jardim público, presidida pelo Bispo da Diocese de Vila Real, D. Amândio Tomás. Ao final seguiu-se a tradicional procissão com os(as) padroeiros(as) das paróquias do concelho, acompanhada ao som das Bandas Filarmónicas de Vila Verde da Raia, Torre de Ervededo, Outeiro Seco, Flaviense"Os Pardais", Loivos e Rebordondo, finalizando  na Praça de Camões.
A encerrar, as seis Bandas Filarmónicas tocaram em conjunto a Marcha de Chaves.

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