“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Preparou-se tudo para que no domingo passado o dia corresse da melhor forma.
Assaram-se cordeiros em fornos particulares, acompanhados por mais alguns petiscos preparados na Senhora da Penha e assim se fez um almoço/convívio.
Marquei presença por uma hora, já que o dia tinha sido prometido para outra aldeia. O dia esteve bastante quente e só com dificuldade se aguentava ao sol ! Muito bom para as bebidas terem mais saída!
Este almoço/convívio baseou-se na inauguração do bar, já que ainda não tinha sido realizada, apesar de estar a funcionar em pleno mesmo antes do dia da festa da Nossa Senhora da Penha.
Convenhamos não esquecer que se o saudoso "Tio Manuel" estivesse presente seria o anfitrião entre os fidalgos. A sua devoção à Srª da Penha era grande, contudo, merece ser recordado pelo seu bom coração e pela sua benemerência. 
 
Durante a tarde bebia-se mais uma cerveja ou um sumo, jogava-se às cartas, conversava-se aqui e ali e os mais pequenos marcavam golos na mesa de matraquilhos, permitindo momentos de muito convívio.

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