“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 24 de outubro de 2006

O Forno



Se estas paredes falassem.... quantas histórias teriam para contar...

Mesmo depois das várias obras que sofreu, há uma coisa que permanece inalteravel ao longo dos anos... o número da porta. Porque o 007?

3 comentários:

Anónimo disse...

Como era bom quando terminava a Missa em dias festivos e o cheirinho do assado que la estava. E quantass vezes nas noites de Inverno aquelas brazas que sobravam e se levavam para casa para passar o seao ate elas se apagarem...

Ate breve.

Anónimo disse...

pois é... porque 007?!
será que é o esconderijo secreto do James Bond!
beijos para todos

Anónimo disse...

nao mas era o um bom sitio para nos abrigar da chuva algumas vezes , para jogar as escomdidas e para fazer os assados de noite para comer no tasco do pirusas. Bons tenpos.