“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Fidalgos Foram à Bola





Nem a tarde bastante cinzenta e ameaçar chuva impediu 20 Fidalgos de estarem presentes em Moscavide para apoiar o Desportivo de Chaves.

A equipa da casa, mais forte nas transições e na disputa pela posse da bola, conseguiu controlar, facilmente, os acontecimentos desde o primeiro minuto, graças à acção profícua do seu meio-campo, enquanto os flavienses, sem profundidade e estéreis no ataque, se limitaram a adiar o inadiável. André Marques lá deu um pontapé na vontade transmontana e abriu a porta do triunfo – a 30 metros da baliza de Riça. A partir daí, agravou-se o entediante jogo de sentido único, para o qual nem o intervalo foi remédio. Com o "placard" a zero, o Chaves foi à procura do tento de honra, desiderato que alcançou quando as atenções já estavam centradas na festa que se fazia na bancada. O resultado final, infelizmente, foi 4-1.

1 comentário:

Anónimo disse...

É bom ver a nossa Familia reunida e ver estas fotos que fazem criar uma lagrimazinha no canto do olho, porque por vezes "doi" estar longe e não poder conviver estes momentos com vocês.

Um grande abraço a todos.