“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

domingo, 5 de novembro de 2006

Senhora da Boa Viagem


À saida da aldeia, existe há cerca de três anos o "nicho" da Senhora da Boa Viagem.
A iniciativa para a sua cosntrução e o peditório, partiu de três Senhoras da Aldeia.

2 comentários:

Anónimo disse...

pois pois, mas esta obra só existe porque ouve alguns senhores que dispensaram algumas das suas manhas de domingo para o construir. as pessoas que nela trabalharam foram os filhos do tio adelino, o carlos e o ilidio, que ainda foram criticados pelas pessoas que nao contribuiram dizendo que lá trabalhavam porque recebiam...
de resto espero que nos ajude nas nossas viagens

Anónimo disse...

Criticar o trabalho dos outros é practica corrente em Paradela... Infelizmente há pessoas que só sabem fazer isso e não contribuem para nada, nem financeiramente nem com o seu trabalho e ainda por cima se acham superiores aos outros.