“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

terça-feira, 31 de julho de 2007

Srª da Penha

Aproxima-se a data da festa da Srª da Penha e os mordomos intensificam os preparativos. O recinto parece estar bem preparado. O mesmo não se pode dizer dos acessos, que cada vez estão mais degradados. Senhor presidente da Junta, faça lá um eforço para que no dia da festa a estrada não tenha essas "crateras" que as fotos documentam....







Fotos: Mauricio

2 comentários:

Anónimo disse...

É verdade que já entramos na era das auto estradas, mas também é verdade que estas tristes realidades insistem em permanecer intactas na nossa terra!
Será que os buracos da estrada da Sra da Penha se vão transformar num ex-libris da nossa terra?
Fica aqui um apelo às autoridades competentes, para que façam o que deve ser feito! As fotos falam por sí!

Que pena tenho de não poder estar presente nas festas deste ano! Espero que se divirtam todos e que o nome da nossa terra e a Santa sejam honrados!

Um grande bem haja a todos!

Márcio Santos (Lisboa)

Anónimo disse...

Palavras para quê. É uma aldeia portuguesa com certeza.
No entanto, não deixa de ser triste quando se vê tanto desperdicio de dinheiro por esse País fora.