“Eu amo Trás-os-Montes naquele silêncio das florestas e das estradas afastadas que aguardam ora a neve, ora o pavor do Verão. Amo-o ainda mais quando vejo a cor da terra e a sombra dos seus castelos em ruínas, quando suspeito o fundo dos rios, os recantos junto dos açudes e a altura das árvores. E perco-me desse mal de paixão, quando, de longe, Trás-os-Montes se assemelha vagamente a uma terra prometida aos seus filhos mais distantes, ou mais expulsos, ou mais ignorados, ou mais mortos apenas. E amam-se aquelas árvores porque vêm do interior da terra, justamente, sem invocar a sua antiguidade ou a sua grandiosidade. Ama-se o frio, até, o esplendor das geadas sobre os lameiros, o sabor da comida que nunca perdeu a intensidade nem a razão. E amam-se os rios, os areais, os poços das hortas, as cancelas de madeira que vão perdendo a cor, e talvez se amem o fogo das lareiras, os ramos mais altos dos freixos e das cerejeiras, os jardins abonecados das suas cidades, o granito das casas, o cheiro das aldeias onde ao fim da tarde se chama paz ao silêncio e se dá nome de chuva à água do céu.”
Francisco José Viegas

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os Fidalgos estiveram representados, ontem dia 13, no XII encontro dos bloguistas Flavienses. Saímos de Chaves, por volta das 14,30 em direcção a Seara Velha onde fizemos uma primeira paragem, percorrendo toda a aldeia.

Despertou-me particular interesse algumas habitações que ainda têm no piso inferior o alojamento dos animais, servindo em tempos áureos como um dos meios de aquecimento do piso superior.

Partimos em direcção ao Poço das Freitas, não sem antes admirar a beleza do rio terva.


Poço das Freitas, antigas cortas romanas de mineração de ouro que ilustram a epopeia humana dos grandes poços auríferos.

O passeio terminou em Casas Novas, com um jantar onde se juntaram outros bloguistas que não participaram no passeio.
Para mais informações ver: http://hpserra.blogs.sapo.pt/





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